Faria hoje 7 anos.
Parece que foi há 10!…
Era uma menina! 25 anos… Carregada de sonhos e sem saber nada da vida. Jurei perante Deus constituir família e amar aquela pessoa até ao fim da minha vida.
Dois anos depois do fim, adoro a vida que tenho hoje. Esta adolescência adulta de poder voltar a viver coisas com outra cabeça e com outra disposição. Confesso que me sabem a mel os fim‑de‑semana sem filhos onde posso descansar e divertir-me à vontade. É a vantagem que tenho em relação às mães casadas. Sem horas, sem ter de dar satisfações a ninguém, com amigos ou sozinha. Conversar, beber, comer, flirtar ou mesmo namorar. Aos 30 sabe bem melhor do que aos 20.
Mas hei de carregar para sempre a sensação de falhanço e a frustração por não ter conseguido levar a promessa até ao fim. Era o meu projecto de vida. Bem mais importante do que o trabalho. Casar, ter filhos, formar uma família feliz! Nunca pensei vir a ser uma mulher divorciada e há algum tempo atrás, essa expressão tinha uma carga bem maior e mais negativa do que hoje em dia. Talvez por isso diga que sou solteira. Mas com filhos!
O melhor de tudo, e não foi nada fácil lá chegar, foi que percebi que afinal, o meu projecto de vida passa por me fazer feliz a mim mesma antes de fazer feliz outra pessoa. E só assim, depois de aprendermos a olhar para nós próprios, de gostarmos de nós próprios e de sabermos ser felizes sozinhos, poderemos fazer outra pessoa feliz. Como é que eu conseguia viver sem saber isto?
(Pelo menos não passámos pela crise dos 7 anos!!)
![]() Delírios de uma mãe! Louca pelos filhos! Que adora viver! E tem sempre uma opinião a dar! Mesmo que a mesma não seja consensual… E que às vezes solta umas bojardas pela boca fora! |
Revejo-me no texto … :) foi como se renascesse, no meu caso, após um período inicial de caos-pós-separação
GostoGosto
Parabens pelo post! Gostei muito! Se fosse eu a escrever o teu post começaria por “Fez ha pouco tempo 14 anos…” Na verdade não chegamos a fazer os 10 e não foi devido à crise dos 7 anos. A crise começou antes disso, mas of filhos… Ha algum tempo escrevi um sobre sobre “as mulheres divorciadas aos olhos da sociedade”. Ao ler o que escreveste “digo que sou solteira com filhos” lembrei-me dele. “ser divorciada” continua a ter um peso, para mim foi um choque, passar de mãe – na altura professora – casada para a divorciada. Parece que nada mais importa! Deixo o link, caso tenhas curiosidade. http://agoradigoeu.wordpress.com/2012/08/17/estado-civil-divorciada-separada-tambem-e-fancy/
GostoGosto
Mas e os filhos ao fim de semana estão onde??? Alguém que trate deles que não tu, que te estás a divertir e a beber copos sem horas.
GostoGosto